"Uma oração sem fé é uma fórmula vazia. Quem é tolo a ponto de perder tempo pedindo algo em que não crê?
A fé é o manancial; a oração, o riacho. Como pode correr o riacho se o manancial está seco?"
(Santo Agostinho)

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

A VIRGEM MARIA CONVERTE UM PROTESTANTE QUE MORRE NO MEIO DE ANJOS



A História das fundações da Companhia de Jesus no reino de Nápoles conta-nos sobre um jovem fidalgo escocês, chamado Guilherme Eltinstônio. Era ele parente do rei Jaime e protestante desde o nascimento. Mas, iluminado pela graça divina que lhe fez conhecer os erros da sua seita, foi á França e aí, ajudado por um bom padre jesuíta, também escocês, e mais com a intercessão da bem-aventurada Virgem, reconheceu a verdade e fez-se católico.

Passou-se depois para Roma, onde mais ainda se afervorou na devoção á Mãe de Deus, escolhendo-a por sua única Mãe. Inspirou-lhe a Virgem a resolução de ser religioso, de que fez voto. Mas, achando-se doente, veio a Nápoles, porém, quis o Senhor que ele morresse e morresse religioso. Pouco depois da sua chegada adoeceu gravemente, correndo perigo a sua vida. Á custa de muitas lágrimas e rogos obteve dos superiores a graça de ser recebido na Companhia. Pelo que na presença do Santíssimo Sacramento, quando recebeu o Viático, fez os votos, e foi declarado religioso da Companhia.

Depois disto a todos enternecia com os fervorosos afetos, com que dava graças a Maria, sua amada Mãe, por tê-lo arrancado da heresia, e conduzido para morrer na casa de Deus entre os seus irmãos religiosos. Por isso exclamava: Oh! como é glorioso morrer no meio de tantos anjos! Exortam-no a que procure repousar, e ele: Ah! agora que já chega o fim da minha vida, não é tempo de repousar.


Antes de expirar, disse aos assistentes: Irmãos, não vedes os anjos do céu que me assistem? E havendo um daqueles religiosos percebido que ele proferia entre os dentes algumas palavras, lhe perguntou o que dizia. Respondeu que o seu anjo da guarda lhe tinha revelado que pouco tempo havia de estar no purgatório, e que logo depois passaria para o paraíso. Recomeçou em seguida os colóquios com Maria, sua doce Mãe, repetindo: Minha Mãe, minha Mãe! E assim expirou placidamente, como uma criança que se entrega nos braços da mãe, para neles repousar. Pouco depois foi revelado a um devoto religioso, que ele já estava ao Paraíso.

Fonte: Livro Glórias de Maria - Santo Afonso Maria de Ligório

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