Eu
vos adoro devotamente, oh! Divindade escondida, que verdadeiramente Se oculta
sob estas aparências, a Vós, o meu coração submete-se todo inteiro, porque, vos
contemplando, tudo desfalece.
A
vista, o tacto, o gosto falham com relação a Vós mas, somente em vos ouvir em
tudo creio. Creio em tudo aquilo que disse o Filho de Deus, nada mais
verdadeiro que esta Palavra de Verdade.
Na
Cruz, estava oculta somente a vossa Divindade, mas aqui, oculta-se também a
vossa Humanidade.
Eu,
contudo, crendo e professando ambas, peço aquilo que pediu o ladrão
arrependido.
Não
vejo, como Tomé, as vossas chagas, entretanto, vos confesso meu Senhor e meu
Deus.
Fazei
que eu sempre creia mais em Vós, e em vós esperar e vos amar.
Oh!
memorial da morte do Senhor, Pão vivo que dá vida aos homens, fazei que a minha
alma viva de Vós, e que a ela seja sempre doce este saber.
Senhor
Jesus, bondoso pelicano, lavai-me, eu que sou imundo, no vosso sangue, pois que
uma única gota faz salvar todo o mundo e apagar todo o pecado.
Oh!
Jesus, que velado agora vejo, peço que se realize aquilo que tanto desejo: Que
eu veja claramente a vossa face revelada; que eu seja feliz contemplando a
vossa glória.
Amém.
Composta por São Tomas de
Aquino, a pedido do papa Urbano IV. 1263
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